terça-feira, 5 de abril de 2011

Filosofia - O que é Filosofia?

Filosofia, o que é?
A Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da região por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer  a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori.
E para que serve a Filosofia?
A prática filosofar vale não só pelo bem em si que ela significa, mas também pelo resultado que proporciona. A filosofia é útil e sua utilidade decorre do seu efeito pedagógico e de sua força educadora, necessária para a humanização do ser humano, necessária para que possa construir uma consciência autônoma, um estado de direito, em suma, uma cidade justa.
Dentro da perspectiva histórico-cultural própria da Filosofia ocidental, o filosofar é um modo de viver e um fazer que, o nosso ver, deve incluir as seguintes atitudes:

Perceber - A atitude filosófia implica em saber acolher e detectar questões no plano do vivido, na cultura; é preciso ser sensível aos acontecimentos, saber discenir diferenças. O perceber filosófico é um modo de estar no mundo, de se ver e ouvir o outro, de captar e decifrar signos, um modo que não parte de uma suposição de saber, mas que é uma aspiração que se orienta por uma exigência de significação.
Problematizar - A  filosofia, em geral, caracteriza-se por sua atitude do questionamento do imediatamente dado, de desconfiança das aparências e de dúvida a respeito do óbvio. Pensar filosoficamente significa questionar, confrontar problemas. Ninguém pensa de graça, nós só pensamos autenticamente se tivermos que enfrentar obstáculos; em filosofia, o impasse é condição para a passagem.
Refletir - Mas, em última análise, não basta pensar, é preciso exercer um pensar que envolva o sujeito, que volte-se sobre aquele que pensa. Nesse sentido, o pensar filosófico parte do sujeito, encontra-se com o objeto e volta-se novamente sobre o sujeito; esse percurso reflexivo, portanto, é próprio de uma tomada consciência que vem a posteriori, de um saber crepuscular ou que acontece no depois. Nesse sentido, o pensar filosófico é especular, é implicação do sujeito no problema  a ser pensado.
Conceituar - Já desde os antigos, pensar filosoficamente implica em ser poeta, no sentido grego da palavra, ou seja, implica em fabricar, produzir, criar palavras e conceitos, ser capaz de sintetizar a experiência, uma multiplicidade vivida, na direção de uma unificação conceitual. Essa capacidade de argumentar sintése significa pensar de modo criativo, percebendo e produzindo cultura, inteligência e pensamento.
Argumentar - A capacidade de argumentar é uma habilidade  extremamente essencial: o filosófo tem que ser capaz de defender uma posição, atacar ou criticar outras, ou seja, é preciso que ele saiba sustentar com razões a posição que adota; trata-se de justificar o conhecimento que se pretende ter;  filosofar implica, sempre, em dar razões de si mesmo e de suas tomadas de posição para si e para o outro, é isso que lhe confere sua dignidade.

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